Só
Quando o meu peito o ar não mais inflar.
Quando não mais encontrarem o calor.
Não pensem que ali meu coração parou de bater.
Isso asseguro que já aconteceu há muito tempo.
Não era mais eu quem vagava.
Era um alguém vazio.
Tantas perdas em tão pouco tempo.
Uma a uma atingindo em cheio.
Fazendo com que não estivesse mais viva.
Só esqueci de deitar!
Meu olhar alegre, de esperança, não mais existe.
A falta, a tristeza e a vergonha me imundão,
Sem me dar oportunidade de defesa.
Tento desesperadamente me agarrar em algo,
Mas nada encontro.
Não tenho forças,
Não tenho vontade de mais nada,
Não tenho prazer de ter prazer.
Estou exausta de sofrer
De ver que o pouco que tinha foi destruído,
Tudo que me era valioso se foi
E nem um remorso há da parte de quem tanto amei
E que fiz de tudo para ver bem.
Enfim essa Fênix que vos fala
Não mais arrancará as suas penas para renascer.
Chega ao fim o ciclo!
E enquanto espera o fim se aproximar,
Ela revive na lembrança tudo que viverá.
E seu único desejo
É que toda a sua luta,
Todo o seu amor,
Nunca seja esquecido.
E que suas sementes boas possam florescer.
E que todos que amam
possam encontrar a VERDADEIRA FELICIDADE.
Lucia Coelho às 9:43 de 31/07/2015